Aqui vamos falar um pouco sobre a saúde mental. Vamos explicar o que é a saúde mental, como evoluiu ao longo dos séculos, a análise da saúde mental durante esta pandemia, e o que se pode fazer para ajudar pessoas que sofrem de diversas doenças mentais. 


                                                                                                                                                                                                                                                                      A saúde mental é definida como sendo o estado de equilíbrio entre uma pessoa e o seu meio sociocultural. Este estado garante ao indivíduo a sua participação laboral, intelectual e social para alcançar um bem-estar e alguma qualidade de vida. Assim sendo, a Organização Mundial da Saúde assegurou que não existe nenhuma definição oficial que diga respeito à saúde mental, já que esta é sempre influenciada pelas diferenças culturais de cada indivíduo. Cabe também dizer que os transtornos mentais surgem devido a distintas causas: há a influência da genética, de fatores sociais ou psicológicos e até mesmo de fatores ambientais.


Também há que ter em conta que a saúde mental não é uma dimensão que se possa desassociar da saúde física, tal como nos relembra a famosa expressão latina "mens sana in corpore sano" (uma mente sã num corpo são). Pensamentos e sentimentos negativos, associados a distúrbios mentais, podem ser responsáveis por desencadear uma série de problemas no organismo. A saúde mental afeta, também, os sistemas: 

  • imunológico, prejudicando a imunidade e as defesas do organismo;
  • endócrino, aumentando ou diminuindo a produção de certos hormônios;
  • nervoso, interferindo na produção de neurotoxinas (relacionadas a doenças como Mal de Parkinson e Alzheimer), entre outros problemas.

Veja mais sobre como a saúde mental afeta a saúde física. 



    Em um mundo focado externamente, é fácil se deixar levar pelas pressões sociais colocadas sobre os atributos físicos (por exemplo, aparência, peso corporal) e mental. A verdade é que os problemas de saúde mental não são uma fraqueza do caráter: são um desequilíbrio químico no cérebro. Nós temos a responsabilidade de manter a nossa saúde mental, e esta responsabilidade deve ser inigualável.

  • Valorize-se: Criticar-nos duramente por qualquer erro afeta-nos psicologicamente. Atribua o tempo para as coisas que gosta, como 

  • Cuidado com o Corpo: A conexão entre a saúde física e mental é bem estabelecida. Como tal, é importante cuidar do seu corpo:

    • Não fume;
    • Beba muita água;
    • Faça, no mínimo, 30 minutos de exercício;
    • Durma pelo menos 7 a 9 horas por noite;
    • Tenha uma dieta bem equilibrada;
    • Evitar alimentos e bebidas com alto teor de gordura e doces.
  • Observe seu Círculo Social: É nossa responsabilidade permitir os "tipos certos" de pessoas em nossa vida e afastar más influências.
  • Silencie sua Mente: Infelizmente, as nossas mentes também podem ser uma responsabilidade. Podemos desenvolver hábitos, como o pensamento excessivo, que ameaça nosso estado mental. Como tal, é importante praticar técnicas que neutralizam a nossa mente. Tais como: atenção plena, oração, respiração profunda e técnicas de relaxamento.

Os resultados do estudo "Saúde Mental em Tempos de Pandemia (SM-COVID19)" indicam que cerca de 25% dos participantes apresenta sintomas moderados a graves de ansiedade, depressão e stress pós-traumático. O estudo SM-COVID19 visou avaliar o impacto da pandemia COVID-19 na saúde mental e no bem-estar da população em geral e dos profissionais de saúde, tendo em conta dimensões como ansiedade, depressão, stress pós-traumático, burnout e resiliência, entre outras.

De acordo com resultados deste trabalho, são sobretudo os jovens adultos e as mulheres que apresentam sintomas de ansiedade e de depressão moderada a grave. Já de entre os profissionais de saúde, são sobretudo aqueles que estão a tratar doentes com COVID19 que apresentam ansiedade moderada a grave (42%), sendo que é ainda neste grupo de indivíduos que os níveis de burnout (exaustão física e emocional) são mais elevados (43%).

Apesar das percentagens apresentadas relativamente às dimensões de saúde mental, os resultados do estudo SM-COVID19 indicam que cerca de um terço dos participantes revela um nível elevado de resiliência. São sobretudo os indivíduos a partir dos 50 anos (46%) bem como os empregados (41%) e os reformados (48%), com os homens a revelarem uma maior percentagem de resiliência elevada (43% vs. 36% nas mulheres).

Quanto a possíveis fatores de proteção, o estudo revela que a percentagem de indivíduos com ansiedade moderada a grave é mais baixa entre aqueles que conseguiram manter passatempos, hobbies e uma rotina diária (na hora de deitar, refeições, trabalho, etc.).

Uma pesquisa realizada em Michigan e divulgado pelo Pine Rest Christian Mental Health Services, um hospital psiquiátrico e profissional de saúde comportamental, nos Estados Unidos, relatou que o suicídio aumentou em 32% durante a quarentena por causa da pandemia mundial causada pela Covid-19.


Em todo o mundo, existem linhas de apoio disponíveis a prestar assistência em caso de alguém, com pensamentos suicidas, ou mesmo, com distúrbios mentais, precise de desabafar. Alguns exemplos:

Em Portugal: 

  1. Voz de Apoio: https://www.vozdeapoio.pt ,225 50 60 70; 
  2. O Sos Voz Amiga: https://www.sosvozamiga.org ,213 544 545, 912 802 669 ou 963 524 660; 
  3. Linha Verde: 800 209 899; 
  4. A Sos Estudante: https://sosestudante.pt, ,915 246 060, 969 554 545, 239 484 020.

Nos EUA: 

  1. Linha Nacional de Prevenção de suicídio: https://suicidepreventionlifeline.org/ 
  2. A linha de texto crise: https://www.crisistextline.org/ ,1-800-273-TALK (8255)

Na França:

  1. "Fil santé jeunes": 0800 235 236 
  2. Linha de ajuda de prevenção ao suicídio: 01 45 39 40 00 
  3. "SOS Suicídio Phénix": 01 40 44 46 45

É, também, importante conhecer as principais características de como a saúde mental evoluiu ao longo da história. Desde muitos anos, antes mesmo de conhecermos a ciência que se desenvolveu sob o nome de psicologia, tem-se que diferentes sociedades já pensavam sobre isso, discutiam sobre essas questões, na medida em que observavam pessoas apresentando comportamentos distintos daqueles considerados "comuns".

  • Egípcios: Foram os antigos egípcios que tiveram as ideias mais progressistas sobre como tratar as pessoas que entre eles aparentavam ter dificuldades envolvendo a saúde mental. Os curandeiros do Nilo recomendavam que os pacientes se envolvessem em atividades recreativas (música, dança ou pintura) na tentativa de que se aliviassem seus sintomas, trabalhando para que houvesse alguma "normalidade". 

  • Gregos: Dentro da cultura grega a dificuldade mental era vista como algo de origem divina, geralmente como resultado de uma deusa ou deus raivoso.

  • Idade Média: A crença grega de que os desequilíbrios mentais teriam sua origem como "ocorrências naturais do corpo" persistira durante o longo período da Idade Média. Os médicos daquela época fariam uso de laxantes, eméticos (substâncias que induziriam vômitos) e sanguessugas na tentativa de restaurar as proporções de "equilíbrio do corpo" de seus pacientes.

  • Séculos XV - XVI: Ao fim do século XV e início do século XVI, outras opções de tratamento de doenças mentais foram criadas: as casas de trabalho, ou seja paróquias vinculadas à igreja oferecendo alojamento, cuidados e alimentação básica aos mais pobres e mentalmente enfermos em troca de trabalho. O clero nas respetivas igrejas desempenhou um papel fundamental no tratamento recebido pelas pessoas em dificuldades mentais, já que estes deveriam fazer o que pudessem para tratar os males do seu povo.

  • Século XIX: Em Paris, no ano de 1792, o Dr. Philippe Pinel, desenvolveu a tese de que pessoas psicologicamente enfermas precisariam de cuidados gentis para melhorar suas condições de saúde mental ao contrário da recorrente violência. Ele ordenou que as instalações fossem limpas, que os pacientes fossem desencadeados e colocados em quartos com luz solar, autorizados a se exercitarem livremente dentro do hospital e que sua qualidade de cuidado fosse melhorada.

  • Séculos XX - XXI : As abordagens e métodos surgidos nos séculos XX e XXI eram pouco efetivos e bastante invasivos, como a terapia electroconvulsiva, a psicocirurgia e alguns tipos de psicofármacos. Esse panorama muda no fim da década de 90, quando foi introduzido pela primeira vez nos tratamentos psicofarmacológicos o componente fármaco conhecido como lítio, que se mostrou bastante eficiente no controle dos sintomas das psicoses em geral.


Desde a era clássica , na filosofia, vários teóricos lidam com a relação entre corpo e não-material (alma, mente, essência ...) de maneiras diferentes, dentro de suas idéias.

  • Descartes definiu o dualismo entre mente e corpo, formando assim a base do estudo da psicologia.
  • No entanto, só no século XIX é que um importante anatomista alemão chamado Ernst Heinrich Weber , disse que os nossos sentidos influenciam a maneira como percebemos o mundo e que essa perceção forma a nossa personalidade e emoções.
  • Finalmente, o famoso neurologista Sigmund Freud criou a Psicanálise, um procedimento que ajuda a investigação de processos mentais, o tratamento de distúrbios neurológicos, e permite uma recolha de informações psicológicas.

Como um dos passatempos favoritos da nossa sociedade é passar um serão a ver filmes ou séries, estão aqui alguns filmes e séries que abordam este tema da saúde metal:

Filmes:

  • Beautiful boy
  • Fight club ​
  • To all the bright places ​
  • To the bone ​
  • Birdman ​

Séries:

  • 13 reasons why  

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